No tempo de Dom Pedro I, por volta do ano de 1362, alguns pescadores de Cascais colheram na rede uma linda imagem de Nossa Senhora com o Menino nos braços. Prostraram-se por terra os pescadores e veneraram a imagem, chamando-lhe Senhora da Graça. Mas não sabiam onde a colocar, pois nesse tempo não tinham um templo. Uma criancinha, porém, certamente inspirada por Deus, indicou que a levassem para o mosteiro dos agostinhos em Lisboa.
Assim se fez, sendo a imagem transportada em triunfo de Cascais para Lisboa. Os monges colocaram-na no altar-mor, cantando diante dela, com grande devoção, a salve-rainha.
Frei Agostinho de Santa Maria é de opinião que foi deste fato que partiu a generalização, em Portugal, desta piedosa prece que é a “salve-rainha”.
Segundo se sabe, a imagem de Nossa Senhora da Graça teria anunciado a vitória dos exércitos de D. João I na Batalha de Aljubarrota, sendo, por isso, feito um voto de ir todos os anos, em procissão, à Igreja, costume apenas interrompido durante a união ibérica entre 1580 e 1640.
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